domingo, 25 de fevereiro de 2007

O Labirinto do Fauno



Eis o melhor filme de 2006. Não foi Os Infiltrados xonga nenhuma. É esse aqui, e eu vou dizer porque! É um filme INTELIGENTÍSSIMO! Começa por aí. A metáfora que ele faz entre as forças conflitantes na guerra civil espanhola (fascistas e comunistas) com os contos de fada é sutil e de um "encaixe" espantoso. Além disso, é um filme duma beleza estética estarrecedora. Nada de fadinhas loirinhas bonitinhas e com colã verde com varinhas mágicas. São fadas que se disfarçam de insetos e quando revelam sua verdadeira face não há nada de muito encantador. A mesma coisa o Fauno. É um bicho de aparência fria e até um pouco assustadora. Um dos monstros da história então, cruzes credo, vou ter pesadelos com ele hoje à noite (esse bichano aí de cima). Tudo isso torna o filme mais real, o conto de fadas mais palpável. Não estamos vendo a terra do nunca. Nós estamos vendo o mundo real, com seres de aparência quase real, tirando o fato de que não existem (deu pra entender? hehe). Atuações? Nenhuma prejudica e algumas se sobressaem. A atriz no papel de Ofélia, Ivana Baquero, não só é encantadora como é convincente na atuação. O Capitão Vidal, interpretado por Sergi López, faz uma atuação muito boa também, a tal ponto que depois de 10 minutos passados do filme, o personagem já causa asco na maioria das pessoas (tirando os admiradores de Franco e companhia, esses se deliciam com o personagem). Terminando a babação de ovo, apresentemos a sinopse:

Durante a guerra civil espanhola, em 1944, Ofélia e sua mãe, Carmen Vidal, refugiam-se numa casa de campo, junto ao Cap. Vidal (esposo de Carmen, padrasto de Ofélia e comandante das forças franquistas na região). Lá, Ofélia encontra um labirinto, pelo qual é conduzida, posteriormente, por uma fada, e onde descobre que é, possivelmente, a princesa desaparecida do reino subterrâneo. Ela então é encarregada pelo Fauno de completar três missões com o intuito de provar que é, de fato, a reencarnação da princesa desaparecida - tudo isso antes de a Lua ficar cheia.

Com um final em que o espectador tira as conclusões que bem quiser, o filme mostra como nunca a velha máxima de prestar atenção nos detalhes de cada dia, sem parecer clichê ou enfadonho.

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