Pequena Miss Sunshine

Este filme estreou há tanto tempo que não deveria ser resenhado agora. Aliás, ele nem devia ter estreado, tampouco feito. Aliás, eu prefiro pensar nele como um produto de algum universo paralelo – deve ter entrado no nosso através de um daqueles portais da finada série Sliders, em que cada Terra alternativa era pior que a nossa, com guerras civis, os nazistas no poder... pois bem, o produto mais nefasto de um desses universos alternativos brotou aqui no nosso planeta, chama-se Little Miss Sunshine e seu efeito destruidor se verificou na cabeça de cada um dos 3.469.785 críticos de cinema profissionais do mundo e do dobro de indies que pensou “um fime de oito milhões de dólares sobre as confusões de uma família da pesada que tá no Oscar! Nossa, a Academia deve estar mudando!” Pois sim, a verdade é dura: (1) gastaram oito milhões nisso; (2) a Academia não está mudando; (3) as expressões estilo sessão da tarde não estão fora de contexto; e (4) Little Miss Sunshine é sim um produto de nosso universo.

Mas ele tenta passar uma mensagem”. Ah sim, te digo qual é: concursos de beleza escravizam meninas tornando-as objetos sexuais. “Nossa, o que faremos? Afinal, temos de ter uma mensagem para salvar esse filme e fazer os espectadores acharem que vale a pena viver para ver um filme igual no ano que vem”. Solução: colocar uma guria grávida aos oito anos fazendo um strip-tease (reconheço que essa idéia é boa). O problema é que a família se une para apoiá-la, mostrando que, apesar de todos os conflitos, eles se amam. Final feliz: essa era a mensagem. “Eu não vi isso antes? Ah sim, naquele filme que cansou de passar na sessão da tarde sobre uma família que se muda e não pode levar o cachorro junto, então o guri resolve mijar a cada tantos quilômetros para ‘guiar’ o cãozinho. Qual era o nome mesmo? Não consigo me lembrar...” Ponto provado.
Marcadores: Pedro Silveira


2 Comentários:
grávida de oito anos fazendo strip tease... ¬¬
mas q maldade.
Este comentário foi removido pelo autor.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial